Resumo

  • 2º Encontro do Grupo Brasileiro de Pesquisas Sándor Ferenczi
  • Pontifícia Universidade Católica - PUC-Rio
  • Rio de Janeiro

“Ferenczi: A clínica nos confins.”

Dias 1 e 2 de novembro de 2019.

2º Encontro do Grupo Brasileiro de Pesquisas Sándor Ferenczi, uma colaboração entre a PUC-Rio, UFRJ, UNIRIO.

 

Sobre o tema

Os confins de um território são as regiões que se estendem para além dos centros e de suas bordas bem delimitadas, garantidas. As bordas dão a ideia de término, limite, fronteira, mas os confins sugerem a possibilidade de ir adiante. Transformar as bordas em confins foi o projeto de Ferenczi em todos os planos da psicanálise: propôs modos de pensar transdisciplinares, experimentou inovações clínicas e implicou-se como ninguém na relação com seus pacientes. Por esse motivo, os analistas contemporâneos são todos seus herdeiros. Ferenczi colocou à prova o dispositivo psicanalítico, explorou os seus limites e criticou todo engajamento transformado em exercício de submissão, em sujeição hipnótica a uma causa ou às palavras de um mestre.

A disposição para transpor e interrogar as bordas da psicanálise leva o Grupo Brasileiro de Pesquisas Sándor Ferenczi a promover, dias 1 e 2 de novembro, na PUC do Rio de Janeiro, o pré-congresso “Ferenczi: a clínica nos confins”. Nas mesas-redondas vamos discutir a experiência psicanalítica em seus confins; nas rodas de conversa, apostamos na horizontalidade, visando a produção coletiva dos questionamentos.

Sobre as rodas de conversa

Pensamos a roda de conversa como uma conversação horizontal, capaz de produzir questões não formuladas antes dessa experiência coletiva. Apesar de contar com a figura do propositor, seu papel não deve ser o de centralizar a discussão em torno de sua visada, suas hipóteses e seus referentes teóricos. A importância do propositor é tão simplesmente delimitar um tema, um campo ou uma ou mais perguntas de onde partimos, sem qualquer compromisso firmado pelo grupo em seguir seu itinerário. Supomos que a circulação da palavra produza um contexto no qual surgirão indagações e interlocuções capazes de fazer os sujeitos se sentirem construtores das mesmas e não apenas coadjuvantes do pensamento do propositor. Cabe aos mediadores serem os guardiões deste formato. Ao buscarem fazer a palavra circular, dirimindo o modelo pergunta (argumentação)/resposta comum em palestras ou mesas redondas, os mediadores são guiados em seu trabalho pela sensibilidade a esta produção coletiva. Se possível, mas não obrigatoriamente, é esperado que a final da experiência possam ser enunciadas as questões construídas pela conversação.

 

PROGRAMAÇÃO

 

Sexta-feira, 01/11

 

8:30 – Credenciamento

8:45 – Abertura e homenagem a Chaim Samuel Katz

9:15-11:15 – MESA REDONDA I

Fragmentos, sensorialidade e expressão

Jô Gondar (UNIRIO e CPRJ) e Leonardo Câmara (UFScar)

Mediadora: Felícia Knoblock (ISFN/GBPSF).

11:15 -11:30 – Pausa para café

11:30 -13:30 – MESA REDONDA II

As derivas da clínica

Daniel Kuppermann (USP) e Carlos Augusto Peixoto Jr (PUC-Rio)

Mediadora: Fernanda Pacheco Ferreira (UFRJ)

13:30 -15:00 – Intervalo para almoço

15:00-17:00 – Rodas de conversa
simultâneas
RODA 1
– “Enlouquecer com”: o caso Ferenczi
PROPOSITOR: Eugênio Canesin (USP)
MEDIADORES: Thais Klein (NEPECC) e Marcelo Cobucci (FF)
RODA 2 – A excentricidade de Ferenczi e o materno
PROPOSITORA: Hélia Borges (FAV)
MEDIADORAS: Fernanda Canavêz (UFRJ) e Diane Viana (NEPECC)
RODA 3 – A elasticidade da técnica, as tecnologias digitais e o setting
PROPOSITORA: Daniela Romão (PUC-Rio)
MEDIADORES: Bartholomeu Vieira (GBPSF) Patrícia Saceanu (CPRJ)
RODA 4 – Tato: operadores clínicos
PROPOSITOR: Alexandre Jordão (SPCRJ)
MEDIADORES: Claudia Bernardes (SBPRJ) e Sérgio Gomes (CPRJ)
RODA 5 – Pacientes submissos e dóceis: um problema clínico-político
PROPOSITORA: Mariana Toledo (UFF)
MEDIADORAS: Renata Mello (PUC-Rio) e Bárbara Andrade (NEPECC)
RODA 6 – Neocatarse e a clínica contemporânea
PROPOSITORA: Flora Tucci (CPRJ)
MEDIADORES: Eduardo Medeiros (PUC-Rio) e Alexandre Costa (FF)

 

Sábado, 02/11

9:00 -11:00 – MESA REDONDA III
A dimensão social do trauma
Karla P Holanda Martins (UFC) e Eliana Schueler Reis (EBEP-RJ)
Mediadora: Regina Herzog (UFRJ)
11:00 -11:15 – Pausa para café
11:15 -13:15 – MESA REDONDA IV
O trauma e o feminino
Palestrantes: Luís Martin Cabré (APM / IPA) e Teresa Pinheiro (NEPECC / UFRJ)
Mediador: Julio Verztman (UFRJ)
13:15 -15:00 – Intervalo para almoço
15:00 – Assembleia restrita aos membros do GBPSF